A Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande foi dividida em Unidades Hidrológicas de Planejamento (UHP’s) em seu Plano de Recursos Hídricos, utilizando delimitação física das bacias e sub-bacias existentes na região.

Os temas adotados como critérios no processo de definição de quais bacias de drenagem se tornaram UHP’s são os seguintes: Hidrografia, Altimetria, Uso e Cobertura do Solo, Geologia, Captações de água, Dominialidade dos cursos d’água, outras subdivisões já existentes (referentes ao Plano Estadual de recursos Hídricos e ao Zoneamento Ecológico Econômico do Setor Costeiro da Baía da Ilha Grande), Limites municipais e estaduais e de Localidades.

A partir desta análise, foram definidas 14 bacias principais:

A UHP 1 está totalmente inserida no município de Paraty, fazendo divisa com o Estado de São Paulo, onde há predomínio das áreas de vegetação em estágio médio e avançado de regeneração, as quais estão bem distribuídas na UHP e representam a maior porção de sua área total.

Além do relevo acidentado, que favorece a preservação de remanescentes florestais, há três Unidades de Conservação: o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Reserva Ecológica Estadual da Juatinga e a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, que recobrem 99% da área da UHP. Em alguns locais, o limite da Região Hidrográfica (RH-I) avança sobre o limite da costa, abrangendo áreas marinhas.

Os núcleos populacionais são formados, em sua maioria, pelas localidades de Trindade, Praia do Sono, Saco do Mamanguá e Laranjeiras. Nessa UHP estão localizadas diversas comunidades tradicionais caiçaras que são os habitantes mais antigos da região, praticando a agricultura de subsistência e a pesca artesanal.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 213 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 1 – Ponta da Juatinga
Área da UHP (km²) 144,85 Km²
Demanda Hídrica 213.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 84%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,12%
Formação Pioneira 1,32%
Afloramento rochoso 2,12%
Cordões arenosos 0,49%
Corpos d’água 3,20%
Pastagens 4,25%
Áreas antrópicas indiscriminadas 0,45%
Urbano 0,54%

A UHP 2 está totalmente inserida no município de Paraty e compreende os bairros Patrimônio e Paraty-Mirim. Na localidade existem ainda duas comunidades indígenas: Guarani Araponga, localizada na parte alta da UHP, e Paraty Mirim localizada na porção baixa do rio Paraty Mirim. Também há duas comunidades quilombolas: Cabral, na parte central da UHP e Campinho da Independência no médio rio Paraty-Mirim.

As áreas com cobertura florestal são predominantes na UHP 2 e praticamente todo o território desta unidade é ocupado por Unidades de Conservação, Reserva Ecológica Estadual e Área de Proteção Ambiental (APA) de Cairuçu.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 71 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 2 – Rio Paraty Mirim
Área da UHP (km²) 120,66 Km²
Demanda Hídrica 71.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 80,03%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 4,11%
Formação Pioneira 1,39%
Afloramento rochoso 0,23%
Cordões arenosos 0,08%
Corpos d’água 0,19%
Pastagens 12,81%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,12%
Urbano 0,06%

A UHP 3 está localizada na parte central do município de Paraty e abrange a área da sede municipal, onde se encontra o sítio histórico com o casario colonial. Além do relevo acidentado, que favorece a preservação de remanescentes florestais, boa parte da UHP é ocupada pelas unidades de conservação Parque Nacional da Serra da Bocaina e Área de Proteção Ambiental de Cairuçu.

As pastagens recobrem parte da área total da UHP e estão mais concentradas nas áreas de vale, com destaque para os vales dos rios da Toca de Ouro e Mateus Nunes e seus formadores. As áreas urbanas estão concentradas na sede urbana do município de Paraty e nos bairros Pantanal e Ponte Branca.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 762 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 3 – Rio Perequê-Açu
Área da UHP (km²) 200,32 Km²
Demanda Hídrica 762.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 80,36%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,23%
Formação Pioneira 0,50%
Afloramento rochoso 1,07%
Cordões arenosos 0,07%
Corpos d’água 0,32%
Pastagens 10,73%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,39%
Urbano 2,32%

A UHP 4 está localizada ao norte da sede municipal de Paraty e inteiramente inserida neste município. Na Unidade, o uso residencial é pouco expressivo, sendo representado por pequenas localidades como Barra Grande, Graúna e Rio Pequeno. Nessa UHP está localizada a terra indígena Tekoha Jevy.

As áreas com floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração são predominantes, coincidindo em diversos locais com o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o qual ocupa boa parte dessa UHP.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 56 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 4 – Rios Pequeno e Barra Grande
Área da UHP (km²) 121,86 Km²
Demanda Hídrica 56.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 83,16%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,50%
Formação Pioneira 0,03%
Restinga 0,38%
Afloramento rochoso 1,17%
Cordões arenosos 0,08%
Corpos d’água 0,08%
Pastagens 12,05%
Áreas antrópicas indiscriminadas 0,40%
Urbano 0,15%

A UHP 5 está totalmente inserida no município de Paraty e abrange a vila de Tarituba. As encostas e os topos de morro da Serra da Bocaina são predominantemente ocupados por floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração.

O Parque Nacional da Serra da Bocaina está parcialmente inserido nessa região e corresponde à unidade de conservação de proteção integral. As áreas antrópicas são distribuídas ao longo da BR-101, com destaque para as localidades de Taquari, São Gonçalo, Prainha e Tarituba, onde existe uma vila de pescadores.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UPH é de aproximadamente 189 caixas d’água de mil litros por hora.

UPH 5 – Rio Taquari
Área da UHP (km²) 114,66 Km²
Demanda Hídrica 189.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 89,54%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,55%
Formação Pioneira 0,13%
Restinga 0,33%
Afloramento rochoso 0,69%
Cordões arenosos 0,23%
Corpos d’água 0,26%
Pastagens 3,65%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,78%
Urbano 0,84%

Na UHP 6 está localizada a divisa dos municípios de Paraty e Angra dos Reis, sendo que esta unidade possui área nos dois municípios e abriga o distrito de Mambucaba, que pertence a Angra dos Reis. Nesta Unidade há amplo predomínio das áreas ocupadas com floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração, com maior concentração nas encostas escarpas e topos de morros, onde também estão localizadas diversas nascentes.

Ampla área desta unidade é protegida, recoberta pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina. As áreas urbanas estão localizadas no vale do baixo rio Mambucaba e ao longo da costa o crescimento populacional no distrito de Mambucaba está diretamente relacionado à construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis em Itaorna, que é próxima a esta UHP.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 433 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 6 – Rio Mambucaba
Área da UHP (km²) 359,00 Km²
Demanda Hídrica 433.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 89,07%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,43%
Formação Pioneira 0,13%
Restinga 0,01%
Afloramento rochoso 0,25%
Cordões arenosos 0,11%
Corpos d’água 0,37%
Pastagens 6,15%
Reflorestamento 0,0002
Áreas antrópicas indiscriminadas 0,15%
Urbano 1,33%

A UHP 7 está totalmente inserida no município de Angra dos Reis, no distrito de Cunhambebe (Frade). As florestas secundárias em estágio médio e avançado de regeneração estão concentradas nas vertentes íngremes da unidade, especialmente dentro dos limites do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Na Unidade está localizada a central nuclear, os bairros de Praia Vermelha, Praia Brava e Frade.

Nesta unidade localiza-se também o complexo imobiliário do Frade, que conta com condomínio, hotel e outras estruturas de suporte ao turismo de classe alta.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 574 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 7 – Rios Grataú e do Frade
Área da UHP (km²) 76,26 Km²
Demanda Hídrica 574.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 80,02%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 3,27%
Formação Pioneira 0,56%
Afloramento rochoso 0,69%
Cordões arenosos 0,49%
Corpos d’água 1,64%
Pastagens 8,07%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,41%
Urbano 4,09%

A UHP 8 também está localizada em Angra dos Reis e abriga as localidades de Santa Rita, Bracuí, Sertão do Bracuí, Gamboa e Itinga. As áreas cobertas com floresta em estágio médio e avançado de regeneração são predominantes. A distribuição dos diferentes tipos de uso é bastante semelhante da Região Hidrográfica I (RH-I), de forma que as áreas florestais em estágio médio e avançado de regeneração estão concentradas nos locais mais íngremes da unidade e em áreas protegidas pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina e a Terra Indígena Guarani-Bracuí.

Nesta Unidade há três aglomerados populacionais - Gamboa do Bracuí, Itinga e Santa Rita do Bracuí - e está localizada parte da terra indígena Guarani-Bracuí, além da área quilombola do Bracuí.

Nessa região também se encontra o Porto Bracuí, que se caracteriza pela apropriação de grandes extensões de terrenos costeiros, com estruturas exclusivas, hotéis, marinas e condomínios residenciais de alto luxo (ABREU, 2005). A instalação dessas estruturas provocou alterações nos cursos d’água, criação de canais e ocupação de áreas anteriormente ocupadas com mangue. Ao norte da rodovia, observa-se que há uma expansão da ocupação, contudo de forma menos densa.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 207 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 8 – Rio Bracuí
Área da UHP (km²) 91,03 Km²
Demanda Hídrica 207.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 88,44%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,71%
Formação Pioneira 1,66%
Cordões arenosos 0,01%
Corpos d’água 0,47%
Pastagens 2,53%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,64%
Urbano 2,55%

A UHP 9 está localizada entre as localidades do Frade, Pontal, Nova Itanema, Floresta, Ariró, Zungu e Água Linda, no município de Angra dos Reis. A maior parte da área é ocupada por floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração, com maior concentração próximo aos divisores de água da unidade, onde são observadas as maiores altitudes e a Unidade de Conservação Parque Estadual do Cunhambebe. Os manguezais estão concentrados próximos às desembocaduras dos rios desta Unidade, com destaque para a Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios.

A ocupação humana na UHP apresenta, em geral, baixas densidades. Na porção oeste está localizada parte da Terra Indígena Guarani-Bracuí e no leste a comunidade quilombola Alto da Serra (Cameru). As áreas urbanas são caracterizadas, principalmente, pela presença de condomínios e estão localizadas próximo a linha de costa.

Nesta unidade estão localizados três pontos de disposição de resíduos sólidos: UPR Verde, que recebe resíduos de poda e roçada para trituração e encaminhamento para compostagem; Aterro Sanitário (CTR Costa Verde) que recebe os resíduos sólidos das cidades de Angra dos Reis e Paraty; e o Aterro controlado desativado da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 528 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 9 – Rio Ariró
Área da UHP (km²) 152,25 Km²
Demanda Hídrica 528.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 77,57%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 1,52%
Formação Pioneira 2,96%
Afloramento rochoso 0,05%
Cordões arenosos 0,02%
Corpos d’água 0,33%
Pastagens 14,64%
Áreas antrópicas indiscriminadas 2,44%
Urbano 0,45%

A UHP 10 está situada totalmente no município de Angra dos Reis, sendo que nesta Unidade está localizada sua sede urbana, o centro histórico do município. O estágio médio e avançado de regeneração de sua floresta secundária está, em geral, associado às porções mais elevadas e íngremes do relevo onde se encontra o Parque Estadual Cunhambebe e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia Hidrográfica do Rio Japuíba e APA Tamoios. A segunda classe de uso mais representativa na UHP 10 são as áreas urbanas, as quais correspondem à sede municipal de Angra dos Reis.

Na UHP 10 estão localizados, total ou parcialmente os bairros da Banqueta, Campo Belo - Parte de Cima, Divinéia, Divinéia - Vila Nova, Gamboa do Belém, Monte Castelo, Morro da Glória II, Morro da Velha, Parque Belém, Ponta da Aroeira, Sapinhatuba 1 e Sapinhatuba 2.

Em Angra dos Reis há 75 áreas identificadas como de alto ou muito alto risco a movimentos de massas e enchentes, das quais 31 estão localizadas na UHP 10 e estão sujeitas a riscos classificados como deslizamento planar, corrida de detritos, rolamento de blocos, rastejo e escorregamento planar.

Nessa UHP está localizada a Unidade de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, na qual são processados agregados triturados de resíduos da construção civil.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 2469 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 10 – Rio Japuíba
Área da UHP (km²) 70,79 Km²
Demanda Hídrica 2.469.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 66,28%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 4,04%
Formação Pioneira 1,24%
Afloramento rochoso 0,08%
Cordões arenosos 0,35%
Corpos d’água 0,73%
Pastagens 10,71%
Áreas antrópicas indiscriminadas 3,91%
Urbano 12,65%

A UHP 11 está totalmente inserida no município de Angra dos Reis e nela estão inseridas as localidades de Jacuecanga e Monsuaba. As áreas dessa unidade ainda estão ocupadas com floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração, sendo que essa característica florestal está mais concentrada em locais de maior elevação e declividade, onde também está localizado o Parque Estadual Cunhambebe. Nessa UHP também está a Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, contudo há poucas áreas com cobertura vegetal.

Nas áreas urbanas estão localizadas estruturas que influenciaram diretamente no crescimento populacional do município, como o estaleiro BrasFels, o Terminal Marítimo de Petróleo da Petrobrás e a Universidade Federal Fluminense. Nessa Unidade estão localizados nove aglomerados: Água Santa, Camorim de Cima, Camorim Pequeno Parte de Cima, Caputera, Lambicada, Morro do Martelo, Morro do Moreno, Morro do Triângulo e Praia do Machado (IBGE, 2010).

Conforme o mapeamento dos setores de riscos geológicos do Estado do Rio de Janeiro, realizado pela CPRM (2011), na UHP 11 estão localizados 12 setores com risco a movimentos de massa.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 593 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 11 – Rio Jacuecanga
Área da UHP (km²) 65,94 Km²
Demanda Hídrica 593.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 70,03%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 6,23%
Afloramento rochoso 0,06%
Cordões arenosos 0,14%
Corpos d’água 0,52%
Pastagens 12,58%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,54%
Urbano 8,91%

Na UHP 12 está localizada a divisa dos municípios de Angra dos Reis e Mangaratiba, sendo que a unidade abrange áreas destes dois municípios. Nesta Unidade encontram-se as localidades de Conceição do Jacareí, Caetés-Mirim, Monte Meia Oito, Sertãozinho e Sertão do Cantagalo.

As áreas de floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração recobrem a maior parte da UHP 12 e estão mais concentradas nas proximidades dos divisores de água da unidade onde estão situados o Parque Estadual Cunhambebe e a APA de Mangaratiba.

O Distrito de Conceição do Jacareí é a maior localidade na UHP 12. Nessa Unidade estão localizados sete aglomerados populacionais Caetés, Cantagalo, Canto do Porto Galo e Vila dos Pescadores no município de Angra dos Reis, e Morro do Serafim - Boa Vista, Pau Rolou 1, Pau Rolou 2 em Mangaratiba.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 217 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 12 – Rio Jacareí
Área da UHP (km²) 35,72 Km²
Demanda Hídrica 217.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 76,52%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 2,52%
Formação Pioneira 0,01%
Afloramento rochoso 0,31%
Cordões arenosos 0,54%
Corpos d’água 0,08%
Pastagens 11,16%
Áreas antrópicas indiscriminadas 5,62%
Urbano 3,25%

A UHP 13 é a unidade mais preservada na RH-I, possuindo em quase toda sua área remanescentes de vegetação, com floresta secundária em estágio médio e avançado de regeneração com formações pioneiras, bem como floresta secundária em estágio inicial de regeneração e restingas. Esse elevado nível de preservação pode estar relacionado à dificuldade de acesso à ilha e à existência de diversas unidades de conservação, inclusive de proteção integral.

Na Ilha Grande estão localizadas quatro unidades de conservação: APA de Tamoios, Parque Estadual da Ilha Grande, Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro.

Nessa UHP há diversas comunidades tradicionais caiçaras. Conforme Brito (2001), a Ilha Grande é a maior ilha do Estado do Rio de Janeiro e sua população encontra-se distribuída por cerca de 20 localidades, sendo que a maior delas é a Vila do Abraão. Ainda de acordo com esse autor, as principais atividades econômicas desenvolvidas na Ilha são a pesca, a agricultura e o turismo.

Conforme dados de CPRM (2011), há dez setores de risco hidrológico na Ilha Grande relacionado a deslizamento de massa.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 84 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 13 – Ilha grande
Área da UHP (km²) 144,85 Km²
Demanda Hídrica 84.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 89,89%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 1,91%
Formação Pioneira 2,13%
Restinga 0,52%
Afloramento rochoso 1,53%
Cordões arenosos 0,51%
Corpos d’água 1,26%
Sombra 0,44
Pastagens 0,80%
Áreas antrópicas indiscriminadas 0,53%
Urbano 0,48%

O arquipélago da Ilha Grande, com exceção da Ilha Grande, é composto por 236 ilhas, ilhotas, lajes e parcéis, as quais foram agrupadas e denominadas de UHP 14. Ao considerar os tipos de uso do solo no total dessa UHP, observa-se que a UHP 14 é recoberta predominantemente por florestas secundárias em estágio médio e avançado de regeneração. Destaca-se, também, a classe de afloramentos rochosos.

Nessa Unidade estão localizadas as UCs APA de Cairuçu, ESEC Tamoios, ARIE das Ilhas Cataguás e APA de Tamoios. Algumas ilhas que compõe a UHP 14 são ocupadas por comunidades, como por exemplo, a Ilha do Algodão, a Ilha do Araújo, a Ilha da Gipóia, da Caieira, a Ilha do Cedro, a Ilha dos Peladinhos e a Ilha Pelada Grande, sendo que em algumas delas são encontradas comunidades tradicionais caiçaras.

O Plano de Bacia Hidrográfica concluiu que a demanda hídrica para essa UHP é de aproximadamente 25 caixas d’água de mil litros por hora.

UHP 14 – Ilhas
Área da UHP (km²) 144,85 Km²
Demanda Hídrica 25.000 litros/hora
Tipo de ocupação
Floresta Secundária em estágio médio e avançado de regeneração 66,51%
Floresta secundária em estágio inicial de regeneração 8,50%
Formação Pioneira 0,28%
Afloramento rochoso 16,57%
Cordões arenosos 0,99%
Corpos d’água 2,01%
Pastagens 3,77%
Áreas antrópicas indiscriminadas 1,31%
Urbano 0,06%